domingo, 28 de março de 2010
Crianças incentivam a leitura entre os adultos na biblioteca Amigos do Livro
“Aqui, a simplicidade é a essência”, explica Roberto Carlos Sampaio Guedes, idealizador da Biblioteca Comunitária da Associação Amigos do Livro, situada no bairro Empresa, no município de Taquara, Rio Grande do Sul. Ainda no ano de 2006, através da iniciativa, Roberto venceu o Prêmio Fato Literário - organizado por uma parceria entre a RBS, o Banrisul e o Governo do Estado - tanto pela categoria júri popular, quanto pelo júri oficial. Na época, a biblioteca funcionava numa sala da própria casa de Roberto Guedes, local que já estava ficando pequeno para tantas obras.
Hoje, além da conquista de sua sede própria e do acervo com mais de 20 mil livros, a associação comunitária possui um computador com acesso à internet e é responsável também pela realização de oficinas e atividades que envolvem pessoas de todas as idades. São aulas de reforço escolar e de alfabetização de adultos; oficinas de música, xadrez e teatro; torneio de basquete de rua e campeonatos de vôlei e futebol de campo. O nome da biblioteca também é levado para além das fronteiras do bairro Empresa, através da participação da banda Book's Friends (Amigos do Livro) em eventos comunitários do município.
Outro fato curioso é que a Amigos do Livro funciona das 7 às 23 horas, durante os 365 dias do ano, sem fechar ao meio-dia. "Temos nossos compromissos profissionais, mas não é por isso que vamos fechar as portas da biblioteca. Por isso, algumas vezes, o serviço aqui é de auto-atendimento", ressalta Roberto, que envolveu a família toda em seu projeto comunitário. Conforme ele, o local recebe a visita de cerca de três turmas de escolas por semana. São alunos que estudam nos quatro educandários existentes no bairro Empresa: escola estadual de ensino fundamental Doutor Breno Oswaldo Ritter, escola estadual de ensino médio Willibaldo Bernardo Samrsla (mais conhecida como Ciep), e as escolas municipais de educação infantil Harda Liana Müller e Vovó Domênica.
De acordo com Roberto Guedes, as crianças e os adolescentes representam 80% dos frequentadores da biblioteca, enquanto os outros 20% são constituídos pelo público adulto. "Aqui acontece o que geralmente é inverso: são as crianças que trazem os adultos", destaca o idealizador do projeto. Contudo, a principal carência da associação são gibis e material didático para os pequenos. "Alguns ainda nem sabem ler, mas gostam de olhar as figuras e, muitas vezes, conseguem fazer com que os irmãos um pouco maiores os contem as histórias", comenta Guedes. Ele estima que o custo anual para manter a estrutura é de R$ 16 mil. A maior parte desta quantia é paga pelo próprio Roberto, que trabalha como pintor, e também com doações de clubes de serviço, pessoas e empresas interessadas.
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Um comentário:
E isso aí Mariana! Parabéns essa luta é de todos nós, O Roberto não está sozinho. Conte sempre comigo e com o Mazzah.
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